A véspera de São João é a noite das maiores festas juninas do Nordeste. A repórter Carla Suzane conversou com as bandas que animam multidões.
Eles entram em ação bem antes de tudo começar. São músicos, técnicos e equipamentos. É preciso deixar tudo afinado e até anotado nas partituras.
Enquanto isso as estrelas do forró se preparam no camarim. “Nem eu decorei na verdade, e principalmente a banda. Agora eu estou passando”, diz um cantor.
Ao lado, espaço pequeno para tanta gente. São dançarinas e vocalistas da banda. Retoque na maquiagem, no cabelo e ajustes no figurino. “A gente tem que estar pronta. Toda hora, quando começa a música, a gente tem que estar em cima”, ressalta uma dançarina.
Para manter o pique, hidratação e comida. Para a vocalista, gengibre cozido: “É bom para voz e eu também gosto junto com sushi que acabou de chegar para mim”, afirma a vocalista do Aviões do Forró, Solange.
Poucos minutos para o show começar, é hora do alongamento. Tudo para aguentar a maratona de shows. As bandas já estão com as agendas lotadas até o fim do mês de junho. “A gente trabalha com duas equipes, maio e junho são meses que a gente toca praticamente três shows por noite, então enquanto uma equipe está aqui, outra está preparando o outro show”, comenta o vocalista da banda Aviões, Xande.
Cada banda tem uma equipe com no mínimo 50 pessoas, gente que se desdobra para seguir o cronômetro. “Uma banda termina e já começa outra, para não ter espaço nenhum e ninguém errar”, explica um homem.
É tudo corrido mesmo. Enquanto uma banda se apresenta, no outro do palco tudo tem que está organizado, pronto, porque quando a outra banda estiver no palco, a multidão que está no show não quer esperar um minuto sequer.
São muitas horas de forró e muito esforço. Tudo para agradar os fãs. Quem está na platéia não tem idéia do que está por trás do show e também não precisa. Para quem está no meio do público, o negócio é dançar. “O pé dói, o corpo dói, mas o que a gente quer é cair no forró”, brinca uma mulher.